Bom galera, esta ai um assunto bem interessante, até que ponto a autocrítica e as exigências, pode nos fazer bem? Muitas das vezes exageramos com nós mesmos e nem nos damo conta disso.
“Acredite em si mesmo e não aceite a derrota!” “Você precisa ter uma autodisciplina impecável para ter sucesso”. Você já perdeu a conta de quantas vezes ouviu essas frases, certo? É claro que boas doses de autoconfiança e disciplina são necessárias para atingirmos nossos objetivos. Mas a ciência já descobriu que é preciso pegar leve com essa exigência toda.
Estudos recentes revelaram que quem cobra demais de si mesmo apresenta níveis mais altos de depressão e ansiedade. Enquanto isso, quem é mais compreensivo com as próprias falhas é mais feliz, otimista e, de quebra, ainda tem mais saúde.
A professora de desenvolvimento humano da Universidade do Texas em Austin Kristin Neff, uma das pioneiras nesse novo campo da psicologia chamado autocompaixão, diz que muita gente não é compreensiva consigo mesma porque teme cair na autoindulgência ou baixar seus padrões de excelência. “Eles acham que a autocrítica é o que os mantêm na linha”, disse ela ao New York Times. Tudo culpa da ideia difundida de que se deve ser extremamente exigente e autocrítico para ter sucesso. Mas a verdade é que, segundo Neff, a autocompaixão estimula as pessoas porque as leva a se cuidarem melhor. Quanto mais você se cuidar – e quanto menos energia gastar se criticando – melhor se sairá.
Agora, como é que vamos saber a medida exata de autocompaixão? Uma boa saída é nos perguntarmos se tratamos nós mesmos tão bem quanto tratamos nossos amigos e familiares. E isso é mais difícil do que parece. Um estudo recente descobriu que, no geral, as pessoas que costumam apoiar e compreender as falhas dos outros são muito mais rígidas com suas próprias falhas.
Em termos práticos: como você agiria se tivesse um filho com dificuldades na escola? Muitos pais dariam apoio e ajudariam com aulas extras. Mas e quando você é quem está nessa situação, talvez com problemas no trabalho ou com dificuldade para emagrecer? Aí o tratamento muitas vezes é diferente: cai-se num ciclo de negatividade e excesso de crítica. Se essa estratégia é inútil na hora de ajudar outra pessoa, por que haveria de funcionar com nós mesmos?
Um estudo de 2007 da Universidade de Wake Forest mostrou que um pequeno incentivo à autocompaixão já produz resultados. Os pesquisadores convidaram 84 mulheres para uma experiência de degustação de alguns doces engordativos que são proibidos para quem deseja manter a forma. Um instrutor pediu a algumas voluntárias que não fossem duras consigo mesmas, já que todo mundo naquele estudo comeria aqueles doces e não havia razão nenhuma para se sentirem mal ao fazerem isso também.
No fim, as mulheres que costumavam ter sentimento de culpa a respeito de alimentos proibidos e que ouviram aquela mensagem comeram menos do que as outras. Os pesquisadores acreditam que isso aconteceu porque, ao se permitirem apreciar os doces, elas os apreciaram melhor e ficaram satisfeitas com menos. Já quem estava com sentimentos de culpa acabou comendo mais para tentar se sentir melhor. Coisa que, no máximo, permitiu só um prazer momentâneo e aumentou o sentimento de culpa posterior, num círculo vicioso. Isso também pode funcionar com o vício na internet, por exemplo. Ou com problemas de concentração.
Portanto galera, enquanto não aprendermos a nos amar e nos aceitar, dificilmente alcançaremos o sucesso ou a felicidade, até a próxima pessoal.
fonte ( Superinteressante )
6 Comentários:
Conheço pessoas que se paralisam, acabam não indo nem pra frente e nem pra trás porque perdem tanto tempo se auto-analisando e criticando que não tomam atitudes nenhuma em nenhum sentido. É como sempre diz minha tia aqui: "Quem muito pensa, nada faz".
Difícil isso... eu até me gosto. Mas quando cometo uma gafe, um erro... ai, ai.. fico dias com pena de mim, ou com raiva! Dá vontade de parar o mundo e descer, como dizem por aí. Ninguém é perfeito, isso eu aceito. Abração.
Há uma espécie de conforto na auto-condenação. "Quando nos condenamos, pensamos que ninguém mais tem o direito de o fazer"
existe muitos autocríticos baseado nessa tese eu era um deles mudei um pouco pq falhei feio é fiquei me culpando por muito tempo por algo errado que fiz, mas aprendi que sou ser humano imperfeito! mas o mais triste foi comprovar mais pra frente que não valia nem a pena eu ficar com aquela sensação de culpa
Mas eu Cíntia acho que o Lado Ruim disso ai é que algumas pessoas podem-se tornarem “COMPREENSIVAS DEMAIS” com suas falhas e isso acabar se tornando desculpa para justificar as mesmas...
Agora o que você quis dizer com "pode funcionar tbm com o vicio na internet" Não entendi.. ou entendi? Depois você me explica que eu quero entender
TE AMO
- É Edu, também conheço pessoas assim, o triste é que a maioria nem sabe o mal que fazem a si próprias.
- Oi Mary, mas o seu comportamento é natural, vira problema quando a coisa é compulsiva, ao da pessoa entrar em depressão por causa da culpa.
- Cí, meu amor, pois é, não vale a pena mesmo, ficar se culpando, o tempo que agente perde se culpando, se condenando, poderíamos realizar coisas maravilhosas.
Mas com certeza existe um limite pra essa autocompaixão, tem que haver um equilíbrio.
No caso da internet, não fui eu que disse, mas sim a pesquisa que foi feita. Ela, diz que assim como esse teste funcionou com as pessoas que se culpavam por comer de mas, também pode funcionar com outros vícios como o da internet.
Um abraço a todos
Olá, Marcos!
Tudo bem que temos que exigir um mínimo de qualidade de nós mesmos, estabelecer um padrão, mas exagerar já é doença!
Abçs!
Rike.
Nossa Marcos a última frase tá certinha, temos que aprender a nos aceitar e nos amar da maneira que somos, assim fica muito mais fácil a felicidade aparecer na nossa vida, a mudança tem que começar de dentro de nós mesmo, dessa forma tudo ao nosso redor fica mais belo (:
Bjim
Postar um comentário
REGRAS DO BLOG
- Todos os comentários são moderados e só ficarão disponíveis após serem aprovados.
SERÃO BLOQUEADOS OU APAGADOS AQUELES COMENTÁRIOS QUE CONSISTAM EM:
- Ofensas, grosserias e discordâncias desrespeitosas contra o autor do blog, ou outros comentaristas;
- Comentários com o objetivo exclusivo de perturbar (trollagens, provocações e bullying virtual)
- Comentários sem relação alguma com o conteúdo;
- Comentários duplicados;
- Com conteúdo que possa ser interpretado como de caráter preconceituoso ou discriminatório a pessoa, grupo de pessoas e instituições;
- Pertencentes a correntes ou pirâmides de qualquer espécie;
- Propagandas políticas, religiosas, de produtos e serviços.
- Comentários que caracterizem prática de spam;