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500 dias com ela , uma visão honesta do amor.


Ola a todos, Sempre gostei de comédias românticas e ainda gosto, confesso que até os meus vinte anos eu ainda me iludia com elas, e tinha como visão de uma vida feliz, algo que se aproximasse daquelas belas histórias.
Mas ai, agente leva algumas bordoadas da vida e aprende, que isso aqui é o mundo real e não um conto de fadas, mas sim de fatos.

A visão que eu tenho de “final feliz”, é um final em que eu me encontre totalmente satisfeito, independente de ser como eu esperava ou não, afinal o mundo não gira em torno do meu umbigo para eu ter todos os meus caprichos atendidos. Então venha como vier, seja como for, o importante é que eu esteja satisfeito, pois eu não tenho poder sobre os acontecimentos pra decidir como tudo vai acontecer ou vai ser.

Bom, mas eu não fiz essa postagem, pra falar de mim, mas sim desse filme que traduz um pouco dessa realidade sobre o amor e a felicidade.

Se tem algo que sabemos sobre o amor… É que não sabemos nada.

“O filme a seguir é uma história de ficção. Qualquer semelhança com pessoas vivas ou mortas é mera coincidência. Especialmente você Jenny Beckman. Vaca“.

 Começando com essa melancólica e, ao mesmo tempo, cômica declaração, o filme “(500) Dias com Ela”  a primeira vista, até pode parecer, mais um daqueles filmes clichês que terminam sempre da mesma forma. Mas, é justamente a sua simplicidade e honestidade que fazem o charme do longa.
 
Diferentemente de todas as outras comédias românticas, "500 dias com ela", tem uma visão bastante honesta do amor. É um filme leve, mas nem por isso sem conteúdo, e consegue nos transformar em cúmplice da história, por varias vezes me peguei torcendo pelos personagens de tão envolvente que é a história.


O narrador logo no início avisa: “Essa é sim a história de um garoto que conhece uma garota. Mas, você deve saber de cara, essa não é uma história de amor”. Tudo bem, pode até não ser uma história de amor, mas é uma história sobre amor. E o filme conta como esses dois personagens descobriram que esse sentimento realmente existe e como as pessoas podem se surpreender com as suas próprias convicções.

Nem sei como não soube desse filme antes, por acaso estava passando num dos canais Telecine, não me recordo qual, e parei pra assistir, alem de um enredo totalmente excelente, o filme conta ainda com uma trilha sonora impecável, recheada de rock de todas as épocas, do jeito que eu gosto, The Smiths, que eu curto muito e Pixies, dos anos 80, até Regina Spektor e Doves, mas atuais, Hall e Oates dos anos 60 e por ai vai. Além disso, o protagonista do filme no caso o Tom, veste o tempo todo camisetas de bandas de rock, como Joy Division.


O filme gira em torno de Tom e Summer. Quando Tom, azarado escritor de cartões comemorativos e romântico sem esperança, fica sem rumo depois de levar um fora da namorada Sammer, ele volta a vários momentos dos 500 dias que passaram juntos para tentar entender o que deu errado. Suas reflexões acabam levando-o a descobrir suas verdadeiras paixões na vida.

E assim, 500 dias com ela vai contando não uma história de amor, pelo contrário, conta uma história sobre o amor, com todos os seus desencontros possíveis entre um rapaz ligeiramente ingênuo e uma garota que não quer se relacionar com ninguém, e sem essa de final feliz perfeito.

Bom galera, queria dividir isso com vocês, se tiverem a oportunidade, assitam o filme, grande abraço.

7 Comentários:

K & A. rebobinou e disse...

Olá, Marcos!
Respeito muito sua opinião, mas não tenho coragem de ver "filmes de amor", não!
Abçs!
Rike.

Eduardo Montanari rebobinou e disse...

Meu Deus! Vou ter que acabar assistindo a essa película. É a segunda pessoa que recomenda esse filme e fala muito bem dele.
Eu estava a me recusar a assistir pois odeio casais felizes, mas agora que sei que realmente é um filme realista e não meloso, alugá-lo-ei.

Anônimo rebobinou e disse...

Já vi esse filme é lindo *o* , queria que a Summer ficasse com o Tom no final '-', poxa ele amava ela de verdade e ela foi tão afzs melhor nem falar... Mas enfim, o filme é lindo e a trilha melhor ainda ^-^

Bji, bjim

http://cantinhodeumagarota.blogspot.com

BLOGZOOM rebobinou e disse...

Eu estava lendo uma sinopse sobre este filme, mas voce ainda falou melhor a respeito.

Sobre bordoadas e vamos aprendendo e este não é um conto de fadas: eu fico me perguntando se me permitirei apaixonar novamente. Parece que o amor virou uma vitrine que as pessoas ficam procurando procurando e no final ficam sozinhas.

Beijos

Anônimo rebobinou e disse...

maravilhoso filme e post . Parabéns , de verdade

Naldo Suguimoto rebobinou e disse...

Amigo, belo post, mas esqueceu de falar da síntese principal do filme: as fantasias sobre o amor ou não, que entornam os dois personagens.

Tanto Tom quanto Summer se encontram bloqueados pelas fantasias devido suas respectivas frustrações, porém, no desfecho final, apenas Tom consegue sair de suas fantasias de destino.

No final, Summer lendo Dorian Gray, encontra uma pessoa e este passa a ser o homem de sua vida, diz: "as coisas estão predestinadas a ser, você estava certo Tom", ou seja, continuou na fantasia que o destino trará a sua felicidade, mas a última cena no parque, mostra que de alguma forma sente que algo de errado com sua felicidade e vai procurar Tom no parque pois sabia que o encontraria lá. Ao pegar em sua mão mostra uma cara de tristeza, aperta sua mão e logo diz que precisa ir embora, coisa que sempre fez quando teve algum sentimento, simbolizado pelo seu longo cabelo que o amava, mas corta-o, ou seja, foge.

Tom, ao contrário, sai de suas fantasias, descobre que nada esta predestinado a ser, e sim a construir com o momento presente. Anteriormente estava tão preso em suas fantasias sobre o amor, que achava que a solução de sua vida viria de fora, no caso a Summer, e seria feliz "para sempre", e não precisasse construir nada pois as coisas estavam predestinadas a ser.

Apesar do dois serem protagonistas, o filme reflete sobre a construção de Tom como ser humano em potencial. A destruição causada por Summer de seu amor fantasioso, foi o "grito e desespero" que Tom precisava para a construção do amor real, ou seja, o amor incondicional por si mesmo. Tom largou do emprego, foi atrás do que lhe trazia satisfação, começou a falar e sentir suas emoções engasgadas antes de sua demissão, e no final conheceu uma linda arquiteta no qual nunca tinha visto antes apesar de frequentarem o mesmo parque, pois estava preso nos trilhos do destino.

E o desfecho final é satisfatório: Tom descobre que a todo momento é um novo renascimento de inúmeras possibilidades, que destino não existe, e sim escolhas e decisões que pode fazer para construir sua vida no agora. Tudo pode ser, basta querer e fazer.

Marcos Mariano rebobinou e disse...

Olá caro Naldo. Cara acho que minha análise sobre o filme não foi tão profunda quanto a sua, a análise que vc fez esta perfeita e concordo em tudo, vlw por compartilhar sua visão com respeito ao filme aqui no Rebobinando.

Grande abraço

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