QUIMERA ( poesia )

Quimera

Minha Quimera,

é a angustia de tudo aquilo que ainda não sou

uma flecha atirada bem no calcanhar,

na fraqueza de Aquiles

mais esse herói ainda não morreu,

ainda consigo respirar.

As vezes tenho faces, como fases de lua,

pra me proteger da escuridão

nesse festival de teatro

é uma proteção.

Quimera é esse seu medo

da realidade,

quer saber, de verdade,

as vezes somos covardes

meu passado, é a minha insanidade

que simplesmente não me deixa ir,

eu queria fugir...

Mais ai eu penso que a solução,

é enfrentar os medos de frente

fazer diferente,

quando não,

uma boa noite a dois já me bastaria.

As Quimeras dos homens

os fazem sucumbir,

enquanto uns se afogam

na escuridão,

um mínimo de luz, já me da esperança

me acenda um único palito de fósforo,

e eu encontrarei o fim desse abismo,

Quimera, que nada...

Eu disse pra mim mesmo,

que podia proseguir.

( Marcos Mariano )

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